sábado, 25 de dezembro de 2021

Autoamor

 

Ouço meu coração
E ele me diz
Há tanto para se viver
Mas o tempo corre
O coração acelerado
Não percebe.
Correr do tempo
É viver no automático.
Agora, o correr do tempo é ligeiro.
Quando me vi
Transbordada de mim
O ponteiro do relógio
Informou: a dança
Chegou ao fim.
Mas que atrevimento!
Logo agora?
Senti o melhor que sempre esteve
Dentro.
E que por alguma razão não ousava
Enxergar.
Que alegria
Que felicidade
Vida minha
Eu, eu mesma, comigo mesma.
Que magia
encontrei assim
O que é a felicidade
Bem pertinho de mim
Morando aqui...

Metamorfose Imperativa

 

Tornar do exercício
e da constância o combustível que me traz segurança;
Escrever até quando não tiver porque,
razão, emoção ou o que valha.
Ao menor esforço,
divagar pelas miudezas da vida
e saborear.
Sutil beleza de silenciar. E apenas sentir.
Cansaço, sono, fuga.
A mente merece descanso.
Afago o corpo pede mas encontra plenitude em acenos.
No banho e na unha feita.
Um por dia. Até virar rotina, ofertar o melhor de si pra mim.
Enquanto não vem aqui pertinho,
aquela pessoa que me impulsione a doar os excessos de mim.
Assim vou contribuindo para os potes de sonhos,
de consciência e de amor. Lucidez, luz e cor.
Cuidando do jardim, cultivando uma infinidade flor.
Virei botânica, daqui a pouco anuncio uma nova espécie 
Que era ontem e hoje já não é mais.

Entrega de uma alma

Entre o visto e o não visto Entre o digo e o não digo Entre o sentido e o não sentido Sei que Estás em tudo Desde que mundo é mundo Desde o ...