Existe um dia pela frente, um fim de tarde ou uma noite inteira a se encarar.
Pode ser que tenha leitura e pequenos prazeres à meia-luz em uma livraria.
Fato é, as palavras estão contidas entre uma xícara de café aqui e outra ali.
São palavras ditas, não ditas, mortas ou vívidas.
Gosto da xícara de café quentinho. Gosto quando entre elas têm carinho.
Não entre as xícaras, digo entre a gente.
Apesar da paixão café, não gosto das xícaras para cortar o soninho.
Tem café na xícara, no copo, na jarra, na garrafa e na vida. E tem a xícara, sozinha.
Porém para a tia tem a xícara e o café. E não importa se tem café e não a xícara.
O importante é o que existe entre um café e outro.
Existe um mundo, uma família, sonhos.
Entre uma xícara de café e outra existem reuniões em família, trabalhos e prazos, textos brilhantes ou amontados de palavras, existe a vida e a história. Entre uma xícara de café e outra, um vale formou-se e fortaleceu-se. Entre uma xícara de café e outra, eu aborreci uma borra que havia aqui e ali, cresci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário